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Como? (Quando?
Onde?)
Apreciando
a obra de Seydou Keita
O estudo da obra de Seydou Keita, ou de sua reproduçâo, propicia o conhecer
arte, por meio das propostas deste percurso educativo. Os alunos poderâo,
com o auxìlio do professor, ativar a curiosidade e o desejo de compreensâo,
percebendo algumas quest§es:
Quem sâo as pessoas
representadas? Ï possìvel perceber alguma relaçâo de parentesco entre
elas? Como estâo vestidas? Vocè jž viu estas roupas em alguëm que vocè
conhece? Quais os adornos que usam? Vocè jž viu estes adornos em alguëm
que vocè conhece?
Qual a classe social
a que pertencem? Que elementos levam vocè a identificar a posiçâo social?
Hž apenas uma figura
principal ou vžrias? Como estâo posicionadas as figuras humanas? Hž
alguns sentimentos expressos nos rostos das figuras?
Quais seus sentimentos
e idëias em relaçâo Ç obra?
Que tëcnica foi empregada
pelo artista: fotografia? Tinta a �leo? Aquarela? Pastel?
Hž formas repetidas?
A imagem ë em preto-e-branco ou colorida? Se ë em preto-e-branco, repare
nas diversas tonalidades entre o preto e o branco. Onde se encontram
as žreas mais claras? E as mais escuras? Hž contraste entre luz e sombra
ou hž uma nuance entre elas?
Como ë tratado o
fundo da obra? Que elementos sâo utilizados no fundo da obra? Hž alguma
relaçâo entre a figura e o fundo da obra? Estas fotos trazem alguma
lembrança ou experiència particular? Qual? Por què?
Ï possìvel associž-la
a outras imagens, outros fatos, conceitos, letras de mösica, mem�ria
familiar? Quais? Por què?
Em sua opiniâo, o
que faz com que as fotografias de Keita sejam consideradas arte? O que
diferencia as fotografias de Seydou Keita da forma convencional de fotografar?
A leitura da
imagem pode utilizar vžrias linguagens (verbal, gržfica, cènica etc.).
A linguagem cènica, por exemplo, pode ser empregada para representar
o que estž sendo percebido na obra de arte.
Lembramos que
o principal papel do professor nesta discussâo ë o de mediar a conversa
entre os alunos, estimulando-os a posicionarem-se diante da obra de
Keita. Ï importante lembrar que a obra de arte tem uma leitura aberta
e que cada forma de olhar tem sua validade, trazendo sua contribuiçâo
para o grupo. No processo apreciativo nâo existe acerto ou erro, mas
um olhar que se justifica a partir da imagem.
Contextualizando a obra de Seydou Keita
Propicie a discussâo com os alunos sobre o contexto social, geogržfico
e cultural da obra de Seydou Keita. Algumas quest§es podem ser provocadoras:
Em que continente
foram realizadas estas fotografias? O que leva vocè a identificž-lo?
Sâo fotos atuais ou antigas?
As pessoas retratadas
sâo vinculadas a alguma religiâo?
Ap�s essas quest§es,
com o auxìlio de um mapa do continente africano, situe o paìs chamado
Mali e sua capital, Bamako, onde foram realizadas as fotografias de
Keita. Apresente tambëm algumas caracterìsticas da obra de Seydou
Keita1, tendo como parémetro, em émbito social, polìtico,
econ–mico e religioso, entre outros, as influèncias relacionadas ao
contexto de Bamako2.
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1.
Algumas características da obra de Keita
As fotos dos personagens de Keita sâo construìdas a partir
de poses planejadas, num ambiente de estödio, onde havia roupas
europëias, acess�rios, ornamentos e outras fotografias expostas
como modelos para clientes escolherem como seriam fotografados.
As pessoas sâo representadas sërias ou com leves sorrisos tìmidos,
pois essas express§es relacionam-se ao "ficar natural". Suas fotografias
sâo elaboradas com a preocupaçâo de articular os jogos de motivos
que sâo encontrados nas roupas ou nas tapeçarias que servem de fundo,
criando composiç§es abstratas das quais, Çs vezes, surgem braços,
mâos e rostos, lembrando, em algumas fotos, a pintura art nouveau
de Klimt. Hž ainda a preocupaçâo em relacionar os contrastes
entre o claro e o escuro harmoniosamente. Keita imprimiu um estilo
pr�prio na fotografia, estabelecendo um dižlogo entre forma e fundo
de maneira simples, inusitada e de grande qualidade estëtica. Suas
fotos reforçam, dentre outras coisas, a beleza da mulher africana,
acentuando as j�ias e a maquiagem, ressaltando o sentido de modernidade,
enfatizando os sapatos e as sandžlias, as bolsas de mâos e os objetos
eletr–nicos.
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Gustav
Klimt:
(Viena, Ãustria, 1862 - Viena, Ãustria, 1928): Pintor austrìaco lìder
da Secessâo de Viena (fundada em 1897), movimento de vanguarda responsžvel
pela divulgaçâo do "Jugendstil", equivalente do "art nouveau" em seu
paìs. |
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2.
Bamako
As fotografias de Keita foram elaboradas em Bamako, capital
de Mali, um paìs africano. Mali tem populaçâo de 9,1 milh§es de
habitantes (estatìstica de 1994) e superfìcie de 1,24 milhâo de
quil–metros quadrados. Fala o francès, como lìngua oficial, e o
bambara, lìngua nativa conhecida por 80% dos malienses. Os muçulmanos
representam 90%, os animistas, 9%, e os cristâos, 1%. Percebe-se
nas obras de Seydou Keita a ausència das camadas camponesas que,
alëm de nâo terem condiç§es econ–micas, acreditavam que a fotografia
era um meio sutil de se apoderar da alma dos que se deixavam fotografar.
As pessoas representadas pertencem Ç classe social economicamente
privilegiada. Isso ë evidenciado pela presença de très elementos:
o ouro, o islâ e a justaposiçâo entre o moderno e o tradicional.
O ouro ë empregado como ornamento, sobretudo pelas mulheres, indicando
prosperidade e elegéncia. O Islâ ë notado pelas vestimentas, como
as tönicas, que descem atë o tornozelo e cobrem a maioria do corpo,
mostrando parte do braço, as mâos e o rosto. O moderno e o tradicional
sâo justapostos relacionando as vestimentas tradicionais com alguns
elementos da revoluçâo tecnol�gica (motos, rždios etc.).
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Muçulmanos:
: adeptos da religiâo islémica ou maometana; seguidores da doutrina
de Maomë. |
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Animistas:
adeptos do animismo, crença segundo a qual todos os seres da natureza,
vivos ou inertes, sâo dotados de almas ou espìritos e capazes de agir
de modo semelhante Ç vontade humana. |
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A
obra de Keita e a representaçâo do negro no Brasil
Para favorecer um debate sobre a representaçâo do negro no Brasil, faça
uma anžlise comparativa entre as fotografias de Keita e as obras de outros
artistas que representaram o negro na realidade brasileira4.
Inclua nessa comparaçâo, alëm de fotografias, algumas pinturas (e demais
meios expressivos), tendo em vista que a pintura e a fotografia convivem
muito pr�ximas e se influenciam mutuamente.
A proposta consiste
em contemplar as representaç§es do negro no Brasil em vžrios meios expressivos.
Selecione alguns artistas pertencentes aos principais perìodos da Hist�ria
brasileira. No sëculo XIX, por exemplo, podem ser analisadas as obras de
alguns artistas que expressaram o "olhar europeu" sobre o negro, como as
pinturas e os desenhos de Rugendas e Jean-Baptiste Debret (Paris, França,
1768 - id., 1848) e as fotografias de Victor Frond. Nesse perìodo, o negro
foi representado como algo ex�tico, selvagem e vinculado Ç escravidâo. Para
uma visâo mais detalhada, sugerimos a anžlise iconogržfica do negro na realidade
brasileira do sëculo XIX, ilustrada no livro de Kossoy e Carneiro (1994).
No sëculo XX, com
o Modernismo e influenciado por uma postura antropofžgica, o negro foi representado
a partir de sua identificaçâo com a questâo da formaçâo da identidade nacional.
As obras "A Negra" (1923), de Tarsila do Amaral (Capivari, SP, 1886 - Sâo
Paulo, SP, 1973), e "Mestiço" (1934), de Céndido Portinari (1903-1962),
sâo bons exemplos dessa conceituaçâo. Alëm de Tarsila, outros artistas,
dentro dessa mesma �ptica, tambëm representaram o negro em suas obras, como
Di Cavalcanti (Rio de Janeiro, RJ, 1897 - id., 1976) e Lasar Segall (Vilna,
Pol–nia, 1891 - Sâo Paulo, SP, 1957), entre outros.
Na contemporaneidade,
o negro brasileiro tem sido representado vinculado a quest§es estëticas
e polìticas e Ç diversidade cultural. Destacam-se, por exemplo, o Expressionismo
realista de Ïlon Brasil e as fotos dos sem-terra de Sebastiâo Salgado.
Faça a anžlise comparando
as obras de Keita com as obras dos artistas acima mencionados ou com outros
fot�grafos em que identifique temžtica similar, suscitando algumas quest§es
bžsicas, como: o Qual a semelhança ou diferença entre a representaçâo do
negro na obra de Keita e nas demais representaç§es?
Qual a classe social
representada na obra de Keita em relaçâo Çs obras dos outros artistas?
O que leva vocè a perceber
a classe social?
Quais as obras que fazem
algum tipo de denöncia social?
O que ë denunciado?
Em que condiçâo social,
de forma geral, o negro brasileiro ë representado?
Hž algumas obras que
tratam o negro e o preconceito5? Aponte quais e justifique.
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4.
O negro na realidade brasileira Darcy Ribeiro: "A disténcia
mais espantosa do Brasil ë a que separa e op§e os pobres dos ricos.
A ela se soma, porëm, a discriminaçâo que pesa sobre negros, mulatos
e ìndios, sobretudo os primeiros" (p. 219). "... a luta mais žrdua
do negro africano e de seus descendentes brasileiros foi, e ainda
ë, a conquista de um lugar e de um papel de participante legìtimo
na sociedade nacional. Nela se viu incorporado Ç força. (...) Calculo
que o Brasil, em seu fazimento, gastou cerca de 12 milh§es de negros,
desgastados como a principal força de trabalho de tudo o que se
produziu aqui e de tudo o que aqui se edificou" (p. 220).
Regina Leite Garcia: "Onde estâo os escravos e seus descendentes,
senâo nas favelas, nas fžbricas, no subemprego, nos grandes contingentes
de desempregados, exërcito industrial de reserva? Sâo eles que constituem
maciçamente a classe trabalhadora brasileira. Sâo eles que servem
Ç burguesia em funç§es subalternas. Sâo eles os 'meninos de rua',
criaçâo brasileira para justificar a sociedade excludente e discriminat�ria
que se mantëm hž quinhentos anos. E sâo eles nossos alunos, discriminados
na escola e dela excluìdos" (p. 117)".
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5.
O negro e o preconceito
Darcy
Ribeiro: "As atuais classes dominantes brasileiras, feitas de
filhos e netos dos antigos senhores de escravos, guardam, diante
do negro, a mesma atitude de desprezo vil. Para seus pais, o negro
escravo, o forro, bem como o mulato, eram mera força energëtica,
como um saco de carvâo, que, desgastado, era substituìdo facilmente
por outro que se comprava. Para seus descendentes, o negro livre,
o mulato e o branco pobre sâo tambëm o que hž de mais reles, pela
preguiça, pela ignoréncia, pela criminalidade inatas e inelutžveis.
Todos eles sâo tidos consensualmente como culpados de suas pr�prias
desgraças, explicadas como caracterìsticas da raça e nâo como resultado
da escravidâo e da opressâo. Essa visâo deformada ë assimilada pelos
negros que conseguem ascender socialmente, os quais se somam ao
contingente branco para discriminar o negro-massa" (p. 222).
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6.
O negro e a cultura brasileira
Darcy Ribeiro: "... o negro urbano veio a ser o que
hž de mais vigoroso e belo na cultura popular brasileira. Com base
nela ë que se estrutura nosso Carnaval, o culto de Iemanjž, a capoeira
e inumeržveis manifestaç§es culturais. Mas o negro aproveita cada
oportunidade que lhe ë dada para expressar seu valor. Isso ocorre
em todos os campos em que nâo se exige escolaridade. Ï o caso da
mösica popular, do futebol e de numerosas formas menos visìveis
de competiçâo e de expressâo. O negro veio a ser, por isso, apesar
de todas as vicissitudes que enfrenta, o componente mais criativo
da cultura brasileira e aquele que, junto com os ìndios, mais singulariza
nosso povo" (p. 222-3).
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8.
A democracia racial e a democracia social
Darcy Ribeiro: "... a democracia racial ë possìvel,
mas s� ë praticžvel conjuntamente com a democracia social. Ou bem
hž democracia para todos, ou nâo hž democracia para ninguëm, porque
Ç opressâo do negro condenado Ç dignidade de lutador da liberdade
corresponde o opr�brio do branco posto no papel de opressor dentro
de sua pr�pria sociedade" (p. 227). "As taxas de analfabetismo,
de criminalidade e de mortalidade dos negros sâo, por isso, as mais
elevadas, refletindo o fracasso da sociedade brasileira em cumprir,
na pržtica, seu ideal professado de uma democracia racial que integrasse
o negro na condiçâo de cidadâo indiferenciado dos demais" (p. 235).
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Representando
estëtica e criticamente o negro no Brasil
Propor aos alunos que construam, individualmente ou em grupos, alguns
trabalhos a partir de um dos seguintes encaminhamentos:
1a proposta: Construa uma instalaçâo e/ou uma performance que evidencie
a influència africana na realidade brasileira e comente a questâo do
negro no Brasil (sua situaçâo, possibilidades de participaçâo social,
formas em que ë representado etc.).
2a proposta: Usando mžquina fotogržfica, cada aluno ou um dos alunos
de cada grupo deve fotografar pessoas da comunidade, compondo cenžrios
que tenham alguma relaçâo estëtica e plžstica com as roupas que as pessoas
fotografadas estâo usando. Busque tambëm relacionar o cenžrio com outros
aspectos das pessoas retratadas: ë possìvel relacionž-lo com a personalidade
das pessoas? Com a posiçâo social? (Caso seja impossìvel conseguir ao
menos uma mžquina fotogržfica para toda a classe, os filmes, a revelaçâo
e a ampliaçâo das fotos, a proposta pode ser adaptada para um trabalho
realizado a partir de fotos coletadas pelos alunos dentro de suas famìlias
ou comunidade.)
3¼ proposta: Empregando a tëcnica mista, faça uma releitura apropriando-se,
de forma crìtica, das representaç§es do negro realizadas por Seydou
Keita e pelos demais artistas enfocados.
Ap�s a execuçâo
das atividades, solicite aos alunos que reflitam sobre o que foi produzido.
Esse processo de produçâo/reflexâo fornecerž subsìdios para avaliar
a compreensâo dos alunos sobre a obra de Keita, sobre as outras obras
estudadas e sobre as quest§es relacionadas ao negro no Brasil.
Sugest§es de continuidade
Uma pesquisa sobre a arte da tapeçaria tambëm pode ser proposta, tendo
em vista sua utilizaçâo nas fotografias de Keita. Nesse caso, apresente
os principais tapeceiros, fazendo uma inter-relaçâo entre a tapeçaria
erudita e a popular no Brasil.
A obra de Keita
fornece subsìdios para uma anžlise relacionada Ç questâo da fotografia.
Algumas reflex§es sâo interessantes para serem trazidas para a sala
de aula: o que qualifica uma fotografia como artìstica? Como a fotografia
ë utilizada na propaganda? Qual a influència da fotografia na pintura
e vice-versa? O que distingue as fotos de Keita de outras fotos artìsticas?
Pode-se explorar
ainda a representaçâo do negro nas artes gržficas (propaganda, charges
etc.), nas telenovelas (os alunos poderâo gravar trechos das novelas
ou relatar criticamente o que assistiram) e no cinema (apresentar criticamente
os trechos de alguns filmes que tratem do negro).
A anžlise da
obra de Seydou Keita e a reflexâo sobre a influència africana na cultura
brasileira dâo subsìdios para um projeto envolvendo diversas disciplinas,
principalmente as žreas de Hist�ria, Sociologia, Geografia, Religiâo
e Lìngua Portuguesa. Em Hist�ria, podem ser explorados a escravidâo
e o racismo no Brasil9. Em Geografia, podem ser estudados
o continente africano, os locais de origem da populaçâo negra e o paìs
de Mali, em particular. Em Lìngua Portuguesa, podem ser enfatizadas
as palavras de nosso cotidiano oriundas dos dialetos africanos e os
laços com os paìses da Ãfrica onde o portuguès ainda ë a lìngua oficial.
Em Sociologia, pode-se estudar as relaç§es sociais, polìticas e culturais
que permeiam a realidade africana. As aulas de Religiâo podem estudar
o islamismo, o animismo e o cristianismo, principais religi§es de Mali.
Portanto, procure encaminhar suas aulas, na medida do possìvel, em parceria
com os demais professores.
A reflexâo e
a discussâo sobre o preconceito e a discriminaçâo podem ser estendidas
a outras minorias ëtnicas, culturais, polìticas, sexuais etc., sempre
articuladas Ç percepçâo das formas como essas quest§es foram e sâo representadas
historicamente nos diversos meios de expressâo artìstica.
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Glossžrio
Artes gráficas: referem-se às concepções e produções
artísticas voltadas para a reprodução impressa, como
as diversas técnicas de gravura, ilustração, cartum,
história em quadrinhos etc.
Art nouveau: estilo
decorativo que se propagou na Europa em meados de 1890 e 1910, assumindo
diferentes nomes em cada país. Enfatiza o uso de cores chapadas
e de linhas orgânicas, e foi empregado principalmente em ilustração
de livros, decoração de interiores e arquitetura.
Artes plásticas:
as produções artísticas realizadas nas linguagens
bidimensional ou tridimensional que nascem das técnicas tradicionais,
como o desenho, a pintura, a escultura etc.
Artes visuais: as
artes visuais compreendem aquelas formas artísticas que se manifestam
pelas imagens e são percebidas pela visão. Subdividem-se
em três áreas: artes plásticas, artes gráficas
e meios eletrônicos.
Discriminação
racial: é o ato de separar, apartar, segregar pessoas de origens
raciais diferentes, utilizando este critério para delimitar e restringir
seus direitos e deveres perante a sociedade, informalmente ou por meio
da legislação vigente.
Iconográfica:
relativo à iconografia, a representação por meio
de imagens/ícones. Refere-se ao conhecimento, à descrição
e à classificação das imagens. Estuda o tema
ou a mensagem das obras de arte.
Instalação:
gênero de obra de arte que explora uma idéia ou um conceito
por intermédio da utilização de diversos suportes,
meios e linguagens, compondo um ambiente interativo que pode ser percorrido
pelo espectador e explorado em vários sentidos.
Meios eletrônicos: em artes visuais, referem-se às técnicas
de produção de obras que incluem a manipulação
mecânica e/ou eletrônica nos processos de sua criação
ou reprodução, como a fotografia, o cinema, o vídeo,
a holografia, a computação gráfica, as imagens virtuais.
Performance: gênero
artístico que explora teatralmente o corpo como suporte da obra
de arte, consistindo numa ação cuidadosamente planejada,
que atrai a atenção para o artista
e os materiais que ele utiliza para impressionar o público.
Preconceito: é
o conceito ou opinião formado previamente, sem maior conhecimento
dos fatos.
Victor Frond: fotógrafo
francês, conhecido pelas litografias do álbum "Brazil
Pittoresco", baseadas nas fotos que fez no Rio de Janeiro entre 1857
e 1865, documentando a natureza,
a vida nas grandes fazendas e o trabalho escravo.
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Bibliografia
BERND, Zilá. "Racismo e anti-racismo". São Paulo:
Moderna, 1994.
GARCIA, Regina Leite. Currículo emancipatório e multiculturalismo:
reflexões de viagem. in: SILVA, Tomaz Tadeu da e MOREIRA, Antonio
Flávio (Orgs.). "Territórios contestados: o currículo
e os novos mapas políticos
e culturais". Petrópolis: Vozes, 1995.
KOSSOI, Boris e CARNEIRO, Maria Luiza Tucci. "O olhar europeu: o negro
na iconografia brasileira do século XIX".
São Paulo: Edusp, 1994.
Pinacoteca do Estado de São Paulo. "Seydou Keita". São
Paulo, 1997. (Encarte que acompanha o catálogo.)
RIBEIRO, Darcy. "O povo brasileiro: a formação e o sentido
do Brasil". São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
Secretaria de Educação Fundamental. "Parâmetros
curriculares nacionais: arte para o ensino fundamental". Brasília:
Ministério da Educação/SEF, 1997. |