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Lata comigo, como se fosse da tribo

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Miroslaw Balka
Varsóvia, Polônia, 1958




"a, e, i, o ,u"
instalação - (sala com 2 orifícios na parede, coleiras de cachorros no chão e som de latidos.)

O quê?

A idéia como forma de expressão na arte conceitual;
a arte conceitual como forma de entendimento da contemporaneidade;
o estranhamento na arte conceitual;
o visível e o invisível, o dito e o não dito, o comunicável e o não comunicável no aprendizado de arte.


Por quê?

O entendimento da arte é um processo permanente e contínuo que envolve o saber como experiência do vivido. O visível e o invisível, o comunicável e o não comunicável abrem campo para a imaginação e as leituras múltiplas provocadas pelo estranhamento e a empatia que trazem a idéia como forma de expressão conceitual na instalação de Miroslaw Balka.


Para quê?

Para permitir ao professor:
refletir sobre os momentos da experiência do indivíduo com a obra - o
estranhamento, a admiração e a resposta poética.
Para que o aluno tenha a oportunidade de:
reconhecer a instalação como arte e a supremacia da idéia na arte conceitual;
apropriar-se em suas atividades de criação dos conceitos de arte envolvidos nesta obra;
conhecer conceitos da arte contemporânea por meio da empatia e do
estranhamento;
vivenciar o visível e o invisível, o comunicável e o não comunicável como estímulo para o entendimento da arte.

 
Como? (Quando? Onde?)

Considerando as dövidas e os questionamentos como elementos desafiantes e provocadores de descobertas, ë importante que o professor evite "explicar a obra" antes da leitura dos alunos, impedindo-os de elaborar suas pr�prias interpretaç§es. Novas possibilidades de leitura e releitura serâo desveladas e somadas Ç sua ao permitir que os alunos vivam o prazer e a alegria da descoberta.
 

Momento do encontro

O primeiro contato com o trabalho do artista Miroslaw Balka é o momento do estranhamento (entendido como reação primeira do olhar ao mirar o "não-eu", instigando a curiosidade e o desejo de compreensão). Livres de qualquer informação prévia, os alunos terão um contato espontâneo, individual e pessoal com a obra. Esse encontro provocará o diálogo, momento em que os alunos serão convidados a parar, olhar, sentir e questionar, invocando, numa atitude interrogativa e curiosa, o desejo de compreensão.

 

1. Miroslaw Balka
Artista polonès nascido em 1958 na cidade de Vars�via, estudou na Academia de Belas-Artes da mesma cidade. Tem se destacado como representante da arte contemporénea de seu paìs. Exp–s individualmente na Pol–nia, na Finléndia, na Espanha e na Inglaterra, na Tate Gallery. Participou de coletivas em Washington e, recentemente, em Toronto. Sentimentos de incompletude, perda, empatia, ambigÆidade e ubiqÆidade sâo, hž vžrios anos, elementos presentes em suas obras. A instalaçâo apresentada nesta XXIV Bienal de Sâo Paulo foi primeiramente exposta na Galeria Foksal, de Vars�via, em março de 1997. Seu trabalho, caracterizado principalmente como arte conceitual, inclui diferentes mìdias que estimulam os sentidos, ao mesmo tempo em que questionam os limites entre a arte e o cotidiano, o particular e o universal, numa linguagem contemporénea e aberta que se oferece a möltiplas leituras.

Incompletude: tomado pelo sentido de incompleto, nâo terminado, mas sugerido ou esboçado de forma a dar oportunidade Ç interpretaçâo.
 

Momento do registro

Nesta etapa, o professor poderá solicitar aos alunos que anotem as emoções, os sentimentos, as idéias, as associações, as dúvidas e os questionamentos provocados pelo contato com a instalação "a, e, i, o, u" no momento do encontro.

 

2. "a, e , i, o, u"
A instalaçâo, uma obra conceitual, remete-nos aos sentidos e Çs idëias nela implìcitos. Provoca inquietante privaçâo visual por meio de ausèncias reais, que nos evocam presenças. A obra de Balka, "a, e, i, o, u", estrutura-se basicamente em très elementos: a escuridâo, os latidos e as vogais. A sala, fechada e escurecida, nâo permite ao visitante explorar o interior. Os orifìcios na parede branca possibilitam apenas perceber a escuridâo. Os latidos parecem vir de diversas direç§es, provocando interrogaç§es: onde estâo os câes, e quantos sâo? Ï uma gravaçâo? As coleiras partidas sugerem que os câes estâo soltos, que romperam as amarras. As vogais s� sâo perceptìveis por meio dos sons dos latidos. As barras de metal envolvidas com arame invocam concomitantemente rompimento e prisâo. Temos entâo a sala vazia, escuridâo, latidos, vogais sugeridas, barras de metal e coleiras. O significado da obra transcende esse minimalismo: a incompletude da existència faz-se presente.

 

Momento da vivência interativa

É a etapa do processo em que os registros serão compartilhados, discutidos, ampliando conhecimentos: "entendendo-se por meio do outro". O professor, na qualidade de mediador, poderá levantar questões provocativas que pontuem os aspectos mais significativos para a compreensão da obra e aprofundem reflexões. Como exemplo, indicamos:

O que o ambiente quase vazio lhe provoca?
Os sons de latidos vêm de uma mesma direção?
Qual a sensação provocada pelas coleiras partidas e pelas barras de metal jogadas no chão?
Qual foi sua sensação ao olhar através dos orifícios na parede?
O que não se vê e o que se vê através dos buracos?
Qual a relação entre o que foi visto e o não visto?
Qual a relação entre os sons e o que é visível?

Momento de informação mediada

Seguindo a dinâmica de que a construção do conhecimento deve resultar da interação entre os alunos e entre alunos e professor, nesta etapa sugere-se que as informações sejam introduzidas por meio de uma "conversa" sobre a obra e os conceitos abordados durante o momento de vivência interativa. O professor poderá propiciar a experiência de leitura e busca de significados na instalação como um desafio lúdico a ser aceito pelos alunos, explorando todos os elementos presentes em uma primeira leitura.
É importante que o professor estimule os alunos a expressarem suas dúvidas, inquietações, associações surgidas, sem receios, instaurando um diálogo sustentado por respeito mútuo. Cabe demonstrar que cada questão apontada pode abrir caminhos para investigar e ampliar os significados presentes na obra.

 

3. Uma primeira leitura
Os materiais empregados na obra sâo madeira compensada, lin�leo, aço, couro e som gravado em CD. O elemento crucial da obra ë a gravaçâo dos mil latidos que o artista captou num canil para câes abandonados nos arredores de Vars�via. Ao entrar na sala, temos de parar no corredor: a porta para a exposiçâo foi murada. Na porta fechada, hž dois orifìcios forrados com coleiras de couro, e atravës deles chega-nos o som dos latidos e percebe-se a escuridâo no interior. Jogadas ao châo estâo algumas coleiras despedaçadas. Hž tambëm duas barras de metal enroladas em cerca de arame, que nâo constavam da exposiçâo anterior na Pol–nia.

 

Conversando sobre a contemporaneidade

Sugerimos iniciar pela contextualização do período em que estamos vivendo - o momento pós-moderno, uma atitude nova diante das coisas. O século XX é o da introspecção, no qual, em seu interior, o artista encontra material para expressar-se. É o momento do efêmero, que suscita uma atitude de aceitação. É o século do processo de fragmentação, do simulacro, do acaso, da turbulência, da velocidade e do dinamismo extremado.
O não querer os valores estabelecidos demostra a insatisfação do artista para com o sistema e o estimula na busca de novos valores. O papel do subconsciente torna-se cada vez mais vivo dentro de nossa cultura, resultando na ênfase na subjetividade e no individualismo.

 

4. Pós-moderno
O P�s-modernismo ë o movimento iniciado na Itžlia, por meio da arquitetura, nos anos 50. Seu principal objetivo foi reagir Ç busca de universalidade e racionalidade, propondo a volta ao passado por intermëdio de materiais, formas e valores simb�licos ligados Ç cultura local. O movimento foi incorporado pelas artes plžsticas nos anos 50 e 60, pela Pop Art e logo ap�s pelos happenings, performances, intervenç§es e instalaç§es. A linguagem do P�s-modernismo ë a da decomposiçâo ou desconstruçâo (em contrapartida Ç composiçâo modernista), numa visâo contemporénea sobre o passado. A complexidade, a contradiçâo, a ambigÆidade, o ecletismo e o simulacro sâo algumas de suas caracterìsticas bžsicas.

Pop Art : movimento artìstico originžrio da Inglaterra nos anos 60. Questiona o indivìduo na sociedade de consumo, servindo-se de temas como a publicidade, o folclore urbano e os mitos do cotidiano.
Happening: manifestaçâo artìstica que utiliza vžrias linguagens numa açâo planejada e preparada pelo artista, sem participaçâo do pöblico.
Performance: manifestaçâo artìstica que acontece por meio da açâo, da integraçâo entre artista e pöblico. Nâo hž texto definido: ele ë construìdo no desenrolar da açâo.
Intervenção: manifestaçâo artìstica que provoca açâo direta e inesperada no cotidiano da cidade ou outro local determinado pelo artista.
Simulacro: em arte, ë a substituiçâo do objeto real por sua representaçâo, que, alcançando um grau de perfeiçâo inexistente no objeto real, pode ser considerado uma crìtica Ç ausència de significado que atribuìmos aos objetos cotidianos.
 

A arte conceitual: a arte como idéia

Situa-se dentro desse panorama a arte conceitual como forma de expressão artística que valoriza mais a idéia do que a construção material da obra, exigindo do espectador uma participação mental ativa. O conceitual é uma tendência que se aproxima mais da proposição de arte como processo e não como produto final, contando mais a idéia do que a aparência visual.
A instalação é uma manifestação artística de caráter efêmero que desenvolve uma idéia ou conceito, utilizando diversos suportes e linguagens para compor um ambiente. Algumas vezes o artista cria espaços que permitem ao espectador penetrar na obra, tornando-se parte dela.

Conhecendo o artista e sua obra: o diálogo com a Bienal

O artista polonês Miroslaw Balka tem como forma de expressão a instalação, em que discute a arte conceitual, a inclusão de diferentes mídias na arte contemporânea e os limites entre a arte e o cotidiano.
A obra "a, e, i, o, u", apresentada nesta XXIV Bienal de São Paulo, contempla esses elementos e foi escolhida para participar por sua aproximação com os conceitos norteadores desta Bienal: densidade, antropofagia e consciência transcultural.


A idéia na instalação
"a, e, i, o, u"

Uma primeira leitura nos mostra o que é visível, o que é dito e comunicável diretamente pela obra, isto é, seu aspecto material: um corredor, uma porta fechada, uma parede com orifícios, fragmentos de coleiras de cachorros, duas barras de metal, arames e o som dos latidos de cachorros. O que não é visível, o que não é dito, o que não é comunicável diretamente, isto é, a fala oculta da obra e a empatia complementar, é percebido num processo desencadeado pelo estranhamento e pela admiração (o olhar estranho, que retoma as revelações e as interrogações do primeiro olhar, explorando e interpretando os significados presentes na obra).

 

6. Fala oculta
Conhecidos os très elementos bžsicos da instalaçâo (as vogais, a escuridâo e os latidos), percebe-se que eles estâo conectados entre si numa continuidade temporal e espacial, provocada pelo pr�prio esvaziamento e pela falta de significado explìcito. A experiència com a obra invoca intuiçâo e sentimentos primordiais; ela nos provoca empatia, transp§e a linearidade do raciocìnio, possibilitando möltiplas interpretaç§es e leituras. A escuridâo, como o vazio, o invisìvel, a falta de visâo, a ausència que remete aos medos primitivos. Os latidos, entendidos como gritos de solidâo, desespero, medo. As vogais, alma sem corpo, sozinhas, denunciam a falta de comunicaçâo. Nos latidos e nas vogais percebe-se vestìgios ou prenöncios de uma nova linguagem. A escuridâo remete Ç solidâo ou Çs falas silenciosas que sufocam nossos pr�prios latidos. Enfim, um câo parece desesperada e insistentemente nos convidar: "Late comigo!"

 

7. Empatia complementar
A instalaçâo consiste em alguns elementos praticamente inexistentes, mas sugeridos numa profusâo de negaç§es. O latido ë uma espëcie de articulaçâo: a fala do outro numa mensagem que diz "aqui estou, eu existo". Incompletude, perda e empatia, presentes em obras anteriores de Miroslaw Balka, sâo chaves que nos possibilitam adentrar na obra. A carència sugerida exige do espectador preenchimento por meio de uma interlocuçâo com o ausente, de sensaç§es inusitadas ou da emoçâo profunda. O conhecimento que o artista invoca ë intuitivo, primordial, tornando presentes amor, �dio, frustraçâo e solidâo. "Terž sido uma armadilha construìda para o espectador participante? Fala de algo externo, alëm de n�s? Ï algo que estž entre n�s ou dentro de cada um? Trata-se de algo universal, atemporal, alëm do indivìduo?"

Empatia: capacidade de sentir e perceber a si mesmo como se estivesse na situaçâo e circunsténcias experimentadas por outra pessoa.
 

Estabelecendo relações:
o vermelho e o negro

Para ampliar o entendimento sobre a instalação, sobre seu diálogo com a XXIV Bienal e sobre como o artista expressa nela suas idéias, sugere-se que se faça um percurso pelas obras "Desvio para o vermelho", de Cildo Meireles, e "Tropel", de Regina Silveira. Como preparação, aconselhamos o professor a consultar os Materiais de Apoio Educativo sobre as obras dos artistas sugeridos.
Na obra, 'Tropel', a artista usa imagens que remetem ao ausente: na fachada do prédio parece haver uma fenda por onde teriam fugido diferentes animais deixando pegadas ao longo da parede. Os rastros são indicadores do que aconteceu antes, da não presença, do que desapareceu. E possível estabelecer relações entre estes 'elementos' e as ausências e 'marcas' deixadas pelos cães, as fendas que deram passagem aos animais e aos latidos, a fuga, a não plenitude da existência.
Já o 'Desvio para o Vermelho' sugere um diálogo voltado mais para o sensorial, com a totalidade dos sentidos, mais do que o conceitual. As sensações provocadas pela intensidade da 'vermelhidão', e da profusão de elementos visuais, são percebidas em contraste com o minimalismo da obra de Balka. Da mesma forma a oportunidade de 'entrar' na obra propicia a vivência com a cor, diferentemente da porta fechada e da escuridão apenas percebida por entre os orifícios.
No contato e na vivência com essas obras, pode-se observar elementos semelhantes e contrastantes com a obra "a, e, i, o, u", de Miroslaw Balka.

 

8. Diálogo com a XXIV Bienal
A obra do artista polonès Miroslaw Balka estž inserida no Nöcleo das Representaç§es Nacionais da XXIV Bienal de Sâo Paulo, sob a curadoria de Anda Rottenberg. A contemporaneidade da linguagem e a proximidade do conceito paradigmžtico de densidade norteador da Bienal motivaram sua participaçâo. A metžfora da devoraçâo ë o grito primordial da obra, "materializado" nos incessantes latidos, na profunda escuridâo. Assim pode ser entendido o dižlogo que se estabelece entre o conceito de Antropofagia e os latidos, a escuridâo, a ausència presentes na obra e o momento hist�rico denso e antropofžgico que o paìs de origem do artista atravessa. O estranhamento dž-se ao primeiro contato, na impossibilidade de uma leitura imediata, na quase ausència visual. Os sentimentos de medo e enclausuramento, da incompletude da existència que a obra suscita, simbolizam o grito de cada um de n�s, concomitantemente universal e particular.

 

Resposta poética

O professor poderá propor, depois da experiência estética e artística vivenciada por meio do estranhamento e da admiração provocados pelas três instalações, que o aluno elabore um percurso poético, estruturado conforme sua escolha, de modo a construir uma história que busque inter-relacionar as três obras, com o objetivo de ampliar, fixar e avaliar os conhecimentos em atividades de continuidade.


No espaço escolar

Sugerimos que o professor organize os alunos em grupos e realize as seguintes propostas como continuação e aprofundamento da experiência vivida durante a visita:

resgatar emoções, sentimentos, sensações "vividas" por intermédio das obras e associá-las a situações do contexto contemporâneo;
analisar, refletir e sintetizar idéias e conceitos abordados a partir das obras estudadas;
averiguar no contexto vivencial e trazer para a sala de aula objetos-metáforas que falem de sentimentos, sensações, idéias e conteúdos, enfim, que contemplem as reflexões do grupo;
a partir dos objetos, elaborar roteiro para a criação e construção de uma resposta poética: instalação no espaço escolar;
montagem da instalação pelo grupo;
organizar equipes de monitoramento para acompanhar a visita de alunos de outras turmas da escola à instalação criada pelos alunos;
expandir o conhecimento, proporcionando vivência do processo para outras turmas e ampliando o entendimento de arte contemporânea, arte conceitual e instalação. O desenvolvimento dessa proposta tem potencialidade para gerar outras atividades artísticas e de conhecimentos transversais com outras disciplinas escolares.

 

9. Arte conceitual
A arte conceitual fala da arte mesma, ë a arte sobre a arte. A importéncia da obra estž mais na concepçâo do que em sua materializaçâo; assim, a proposta jž indica uma nova atitude, tanto do artista quanto do pöblico. O artista prop§e uma idëia e o observador ë impulsionado a refletir e a imaginar. Dessa forma, a arte conceitual exige uma participaçâo mental do espectador, transformando-o em integrante ativo no momento em que elabora com a idëia presente na obra. A primeira mostra de arte conceitual aconteceu na Suìça, em 1969, e reuniu conceitos, processos, situaç§es, informaç§es e documentos. No Brasil, alguns artistas tèm explorado constantemente essa forma de arte. Dentre eles, citamos Waltërcio Caldas, Barrio, Cildo Meireles e Regina Silveira, todos com obras presentes nesta Bienal.

 

Outras sugestões de continuidade

A obra "a, e, i, o, u", do artista contemporâneo Miroslaw Balka, foi criada e apresentada pela primeira vez na Polônia.
Estabelecer relações entre ela e o contexto brasileiro, procurando contrastes e semelhanças entre os dois contextos;
destacar outros elementos do cotidiano utilizados por artistas de nosso tempo para discutir e refletir questões contemporâneas;
estudar o assunto "não-comunicação", relacionando o papel das vogais em nossa língua e contrastando seu papel com o das consoantes. Sugerimos que procure uma associação com o professor de português;
listar e comparar as memórias pessoais que a obra de Miroslaw Balka despertou no grupo;
gravar sons do cotidiano que remetam a sensações (medo, silêncio, solidão, forças e reações primordiais etc.) provocadas pelas instalações visitadas na Bienal;
construir um texto que aborde os princípios de arte conceitual e de instalação artística;
pesquisar as origens e a evolução do cachorro;
buscar na História da Arte imagens de cachorros, contextualizando-as.

     



Regina Silveira
"Tropel" - 1998

estudo de intervenção
na fachada do prédio da
Fundação Bienal de São Paulo
vinil recortado por plotter
e aplicado à fachada - 13 x 50 m

 



Miroslaw Balka
"a, e, i, o, u" - detalhe


Glossžrio

Curadoria: função normalmente exercida por especialistas na área de arte, que propõem, no processo de organização de uma exposição, as formas de articulação entre os elementos de uma mostra. Por exemplo, um tema ou conceito podem ser utilizados como eixos norteadores.

Ecletismo: método que utiliza elementos de tendências artísticas de orientação variadas, de diversos momentos da História da Arte, justapondo-os ou fundindo-os de outras formas.

Minimalismo: tendência da arte surgida nos anos 50 que prega o uso de formas simples, elementares, como reação ao emocionalismo do Expressionismo abstrato.

Ubiqüidade: qualidade da onipresença, de fazer-se presente em mais de um lugar ao mesmo tempo.

  Bibliografia

FUSCO, Renato de. "História da arte contemporânea". Lisboa: Editorial Presença, 1988.
REDE arte na escola. "Materiais instrucionais dos vídeos". Porto Alegre: 1996 (não publicado).
ROTTENBERG, Anda. "Complementary empathy". Varsóvia: The Zacheta Gallery of Contemporary Art, 1998.
---. "With hungry eye. Varsóvia: Galeria Foksal, 1997.
STRAGOS, Nikos (Org.). "Conceito de arte moderna". Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1991.
VERAS, Eduardo. "Metáfora da devoração inspira bienal". Porto Alegre: Zero Hora, 18 jul. 1998, Caderno de Cultura, p. 4-5.
VERGARA, Luiz Guilherme. "Fronteira da comunicação e da educação com a arte contemporânea".
---. "Núcleo educativo. curadoria educativa: conceitos e metas". São Paulo: 1998 (não publicado).