|
Como? (Quando?
Onde?)
Aguçando o
olhar
Peça a seus alunos que observem e tentem descrever por escrito a obra
"Welcome to the world's most famous brands n. 26" (Bem-vindos Çs marcas
mais famosas do mundo n. 26), dos Luo Brothers1
(irmâos Luo).
Sugira que, alëm
de escreverem sobre a imagem e as cores - os aspectos formais da obra
-, escrevam tambëm sobre o que entendem e sentem - os aspectos subjacentes
Ç obra.
Solicite que
leiam para o grupo, em voz alta, o que escreveram e que discutam os
diversos pontos de vista e opini§es originados desta atividade. Observe
com seus alunos como uma önica imagem pode provocar diferentes reaç§es
e leituras.
|
|
1.
Luo Brothers
Segundo Apinan Poshyananda, "o uso de marcas comerciais e logotipos
juntamente com p–steres chineses de propaganda polìtica, calendžrios
e cart§es comemorativos de Ano-Novo evocam um sentimento de acolhimento
sincero, carnaval alegre e divers§es er�ticas. Diferentemente dos
pintores chineses, cujos trabalhos sâo conhecidos como Pop polìtico
e Realismo cìnico, os irmâos Luo contemplam a cultura jovem como
um estilo de vida que aspira ao espìrito da globalizaçâo. Aqui,
os jovens chineses urbanos sâo celebrados como 'a geraçâo de sorte'.
Eles nâo sofrem por falta de comida nem campanhas repressivas do
governo. Pelo contržrio, sâo criados e 'alimentados' com MTV, Ronald
McDonald, Sony, Konica e Oreo. (...) A inocència das crianças, juntamente
com os vistosos desenhos decorativos pintados em laca, dissimulam
a mensagem oculta dos irmâos Luo. Felizmente as crianças escaparam
da doutrina comunista repressiva mas, como o resto do mundo, transformam-se
em presas da faminta mìdia global e das campanhas publicitžrias
que avidamente engolem a vulnerabilidade e a ingenuidade adolescentes.
Ao mesmo tempo, os jovens anseiam por consumir as idëias-padrâo
de beleza ideal que estâo na moda".
|
|
|
|
|
Lendo
imagens
Pergunte a seus alunos quais marcas ou objetos sâo familiares a eles e quais
sâo estranhos.
Peça que identifiquem,
na obra, as imagens culturalmente pr�ximas e culturalmente distantes (por
exemplo, a marca da Coca-Cola em oposiçâo aos ideogramas chineses).
A percepçâo da familiaridade
e do estranhamento revela o processo de construçâo da identidade2.
|
|
2.
Identidade
Renato Ortiz questiona "... qual o significado da noçâo de
cultura brasileira? Qual o sentido de uma identidade ou de uma mem�ria
que se querem nacionais? (...) A problemžtica da cultura brasileira
tem sido, e permanece atë hoje, uma questâo polìtica. (...) Tive
de enfrentar um problema que se tornou clžssico na discussâo da
cultura brasileira: o de sua autenticidade. (...) Ï o momento de
reconhecermos que toda identidade ë uma construçâo simb�lica (a
meu ver necessžria), o que elimina portanto as dövidas sobre a veracidade
ou a falsidade do que ë produzido. Dito de outra forma, nâo existe
uma identidade autèntica, mas uma pluralidade de identidades, construìdas
por diferentes grupos sociais em diferentes momentos hist�ricos.
(...) Na verdade, a luta pela definiçâo do que seria uma identidade
autèntica ë uma forma de se delimitar as fronteiras de uma polìtica
que procura se impor como legìtima. (...) Existe uma hist�ria da
identidade e da cultura brasileira que corresponde aos interesses
dos diferentes grupos sociais em sua relaçâo com o Estado.
(...) A identidade nacional estž profundamente ligada a uma reinterpretaçâo
do popular pelos grupos sociais e Ç pr�pria construçâo do Estado
brasileiro".
|
|
|
Estado:
organizaçâo polìtico-administrativa de territ�rio internacionalmente
reconhecida. Pode ou nâo corresponder a uma naçâo, um povo com laços
hist�ricos, culturais, econ–micos e lingÆìsticos. |
|
|
Descobrindo
significados
Como ë o châo onde o
primeiro bebè pisa?
O que une os quatro bebès?
Por que sâo tâo robustos?
Por que parecem flutuar?
Por que todos estâo sorrindo?
Por que esse mundo parece
tâo feliz?
Chame a atençâo para
a mžquina fotogržfica em destaque na obra dos Luo Brothers. Por que ela
estž ali? A cémera e o filme fotogržfico reproduzem as funç§es do olho humano,
alëm de serem bens de consumo quase tâo difundidos quanto a televisâo. Lembrando
isso, pergunte que sentido pode ter uma mžquina fotogržfica colocada no
topo de uma pirémide de bebès chineses que carregam uma lata de Coca-Cola?
Certamente todos
encontrarâo muitas respostas; nâo se trata de uma questâo de acerto ou erro3.
Isso ë muito importante: a experiència de leitura da obra de arte ë aberta
a diferentes interpretaç§es e sugere muitos significados.
Localizando a
obra no tempo e no espaço
Procure debater com seus alunos se ë possìvel identificar na obra "Bem-vindo
Çs marcas mais famosas do mundo n. 26" elementos que indiquem ter sido criada
por artistas do final do sëculo XX.
Algum aspecto da
obra permite concluir que os artistas que a criaram sâo orientais?
Luo Wei Guo, Luo
Wei Bing e Luo Wei Dong sâo irmâos que trabalham juntos na criaçâo de suas
obras, atitude muito diferente do individualismo assumido pela maioria dos
artistas ocidentais contemporéneos. Discutir com os alunos a relaçâo entre
essas posturas e as filosofias de vida distintas que caracterizam as tradiç§es
do Ocidente e do Oriente, um acentuando a individualizaçâo e outro dando
maior ènfase Ç coletividade.
Introduzindo informaç§es
sobre a Hist�ria recente da China, pergunte aos alunos que tipo de comentžrio
Çs influèncias da globalizaçâo4 em seu contexto os Luo
Brothers estâo fazendo com estas imagens. |
|
3.
Erro
Segundo
Paulo Freire, "tanto por palavras como por atos, o educador deve
fazer o aluno compreender que o erro nâo ë uma falta grave, uma
prova de incompetència, mas, ao contržrio, um momento legìtimo de
sua aprendizagem. (...) Quando se dž esse sentido Ç noçâo de erro,
a relaçâo pedag�gica sofre profunda modificaçâo. Alëm de se facilitar
a noçâo de aprendizagem entre as crianças, estimula-se o professor
a ser mais modesto e permite-se que ele se despoje em parte do peso
da autoridade. (...) Longe de ser estžtica, a curiosidade ë um movimento
simb�lico incessante. O espìrito curioso nâo consegue aproximar-se
de seu objeto, apoderar-se dele e assimilž-lo sem vacilaç§es ou
enganos. Na pržtica pedag�gica, o erro, como conseqÆència l�gica
da curiosidade, nâo deveria ser punido. (...) Uma vez liberado desse
'complexo do erro', desse sentimento de culpa, ë preciso que o saber
(...) Queremos uma pedagogia que, sem renunciar Ç exigència do rigor,
admita a espontaneidade, o sentimento, a emoçâo, e aceite, como
ponto de partida, o que eu chamaria de 'o aqui e o agora' perceptivo,
hist�rico e social dos alunos".
|
|
|
4.
Globalização
De
acordo com Apinan Poshyananda, "na China, os valores tradicionais
e sentimentos antiamericanos estâo sendo engolfados pela marë crescente
da 'americanofilia'. Uma ambigÆidade bizarra faz com que os Estados
Unidos tenham a imagem de uma naçâo maligna, ao mesmo tempo em que
boa parte dos chineses contempla o paìs com fascinaçâo. Pelos meios
de comunicaçâo globais e via satëlite, a China vem sofrendo do mesmo
dilema que o Paquistâo, pois a mercantilizaçâo e o consumo de massa
sâo altamente antropofžgicos. Shangai e Beijing encontram-se sitiados
na medida em que o desejo local por moda, fast food, cosmëticos,
mösica e arranha-cëus norte-americanos solapa as tradiç§es e o status
quo. O apetite avassalador por Big Macs, Michael Jordan, Madonna,
Marlboro, Nike e Coca-Cola vem produzindo uma mistura de velho e
novo, local e global, chinès e imagens estrangeiras hìbridas". O
crescimento e a difusâo dos sistemas de comunicaçâo permitem que
sociedades antes distantes e isoladas participem do que chamamos
de globalizaçâo: seu acesso Ç informaçâo ë ampliado a cada dia.
As produç§es de caržter regional nas artes plžsticas, assim como
em outras atividades culturais, sofrem influèncias de toda ordem
e se transformam num ritmo inimaginžvel hž poucos anos.
|
|
|
Conhecendo
outros artistas
Observe, com seus alunos, outros trabalhos criados por artistas que
se utilizam de imagens encontradas na propaganda veiculada em cartazes,
revistas, outdoors e p–steres. Alëm do espaço da Bienal, vocè pode tambëm
mostrar algumas reproduç§es em livros ou catžlogos na sala de aula.
Alguns exemplos podem ser encontrados na obra dos artistas americanos
Andy Warhol e Jasper Johns e dos brasileiros Cildo Meireles e Jac Leirner.
A fotografia monocromžtica no verso da imagem de apoio do Material sobre
o fot�grafo Mark Adams tambëm apresenta o logotipo da Coca-Cola e pode
ser utilizada como uma ponte para as discuss§es propostas no percurso
educativo que a ele se refere.
Investigue um
pouco mais a obra destes artistas. Procure descobrir como utilizaram-se
da lata de Coca-Cola ou de seu logotipo em suas pinturas, esculturas
ou gravuras. Observando algumas reproduç§es de suas obras em catžlogos,
que podem ser encontrados em bibliotecas de museus e centros culturais,
vocè observarž que a Coca-Cola ë um sìmbolo muito poderoso, sempre associado
Ç cultura norte-americana e, conseqÆentemente, ao imperialismo. Portanto,
esses trabalhos tèm, em geral, uma conotaçâo polìtica muito forte.
Pergunte a seus
alunos o que representa a imagem da Coca-Cola para eles, alargando a
discussâo, a partir de suas respostas, para abranger outros sìmbolos
da sociedade de consumo que considerem representativos.
Sugira que façam
um trabalho de criaçâo misturando desenho e colagem, a partir de recortes
de sìmbolos, logotipos e propagandas de diferentes marcas encontrados
em revistas, cartazes e jornais.
Entendendo a globalizaçâo
Converse com os estudantes sobre o poder dos meios de comunicaçâo, tais
como a televisâo, a Internet e os satëlites que veiculam informaç§es,
com muita rapidez, de um ponto a outro do globo. Comunicaç§es que a
poucas dëcadas tomariam horas ou mesmo dias para serem realizadas, agora
requerem apenas alguns minutos.
Oriente uma discussâo
a respeito da influència da globalizaçâo sobre a vida e o comportamento
das pessoas de diferentes culturas. Situe esses processos, se possìvel
com o auxìlio do professor de Hist�ria, na continuidade dos processos
de colonizaçâo5 e do imperialismo6
econ–mico.
O crescente contato
entre as diferentes tradiç§es culturais tende a igualž-las ou pode ser
um estìmulo para sua preservaçâo e para o surgimento de novas manifestaç§es?
Procure exemplos dessas possibilidades nos jornais para propiciar a
discussâo.
O que acontece
com as sociedades que tèm um acesso restrito Ç informaçâo, como alguns
povos do chamado Terceiro Mundo? Serž que suas tradiç§es permanecerâo
inalteradas? Isso ë bom ou ruim para essas comunidades? Os diversos
Materiais de Apoio fornecem vžrios exemplos para esse debate, como os
indìgenas ianomémis fotografados por Clžudia Andujar: seu isolamento
da sociedade brasileira garantiria sua sobrevivència?
|
|
5.
Colonização
Segundo
Fernando Novaes, "n�s nâo preexistimos Ç colonizaçâo. Somos o produto
da colonizaçâo. Somos a colonizaçâo. Quem foi colonizado foram os
ìndios, foram os negros. (...) Essa coisa ë fundamental nos paìses
que emergem do antigo sistema colonial, ao contržrio do que ocorre
na Ãfrica atual, onde o colonizador e o colonizado se distinguem
radicalmente. (...) Sâo diferenças de raça, de religiâo, de lìngua.
(...) Na Amërica, as naç§es nascem, as naç§es sâo criadas, nâo pelos
colonizados, que eram os ìndios e os africanos, e sim pelos colonos.
Quer dizer: entre o colonizador e o colonizado, vai se formando
uma camada, primeiro fluida, depois mais consistente, mas sempre
um tanto indefinida, de colonos. (...) O processo de criaçâo das
naç§es ë um processo de tomada de consciència do colono. (...) Quando,
no sëculo XIX, se promove a independència, (...) se coloca (...)
o problema, a dificuldade de identidade nacional, na medida em que
(...) esses povos nâo podem se identificar com o colonizador. (...)
Entâo, nâo somos nem portugueses porque estamos nos rebelando contra
eles, nâo somos ìndios nem negros porque os escravizamos, os matamos
e os exploramos. Somos o que? Somos Macunaìma: her�is sem
nenhum caržter, isto ë, incaracterizžveis".
|
|
|
Macunaíma:
nononon nonn nono non n on nononoon nono nonon nononoon non n oon
noononoo nonoo no nooon n noonono |
|
|
6.
Imperialismo
O
escritor e professor samoano Albert Wendt comenta os resquìcios
do imperialismo no sistema educacional: "fundamentalmente, todas
as sociedades sâo multiculturais, e isso ë mais verdadeiro no caso
da Oceania do que no de qualquer outra regiâo do planeta.
(...) Os sistemas de educaçâo formal (briténico, neozelandès, australiano,
americano ou francès) introduzidos pelos colonizadores em nossas
ilhas tinham todos um traço comum: baseavam-se no pressuposto racista
err–neo e arrogante de que as culturas dos colonizadores eram superiores
(e preferìveis) Çs nossas. (...) A educaçâo visava portanto 'civilizar-nos',
separar-nos das raìzes de nossas culturas, livrar-nos daquilo que
os colonizadores consideravam obscurantismo, superstiçâo, barbarismo
e selvageria. (...) Nâo ë preciso dizer que a educaçâo ë o amžlgama
vital de toda edificaçâo nacional. (...) A expressâo pr�pria ë condiçâo
sine qua non do auto-respeito. Com essa diversidade, temos dado
e continuaremos a dar nossa contribuiçâo valiosa Ç espëcie humana.
Por isso ela precisa ser conservada e estimulada. Por cima das barreiras
polìticas que dividem nossos paìses, começam a surgir entre n�s
os liames estabelecidos por uma intensa atividade artìstica".
|
|
|
Oceania:
continente formado pela Austržlia, Nova Zeléndia, dezenas de arquipëlagos
e centenas de ilhas. As diversas comunidades nativas passaram sucessivamente
pela influència da colonizaçâo portuguesa, holandesa, inglesa, francesa,
alemâ e americana. |
|
|
Entendendo
a antropofagia na XXIV Bienal
Introduza a idëia de antropofagia7, tema central desta
mostra, referindo-se Ç obra dos Irmâos Luo. Peça que seus alunos citem
exemplos deste processo - de absorçâo e mistura de outras culturas -
na formaçâo de uma identidade. Cite, por exemplo, os ìndios brasileiros
do alto Xingu que, em sua luta para adquirir alguns direitos como cidadâos,
perdem contato com suas tradiç§es mais preciosas. Sugira que façam uma
comparaçâo entre os ìndios na ëpoca do Descobrimento e os de agora.
Peça que citem
exemplos de nossa cultura atual, em que elementos estranhos ou estrangeiros
somam-se Ç elementos familiares ou nacionais na mösica, na dança e nas
artes plžsticas. Dessa forma, estarž dado o primeiro passo para a compreensâo
do significado de antropofagia nas artes8.
|
|
8.
Antropofagia na artes
Segundo
o curador geral da XXIV Bienal, Paulo Herkenhoff, "a Antropofagia
ë o momento hist�rico de grande densidade do Modernismo brasileiro.
Oswald de Andrade, em seu 'Manifesto antrop�fago', descreveu-a
como sendo lei önica e força consolidadora. Denunciou catequeses,
inquisiç§es e missionžrios e estimulou a resistència dos nativos
contra as invas§es estrangeiras. Nesta Bienal, a idëia de antropofagia
permeia todos os segmentos. O projeto curatorial procura mostrar
como esse conceito reflete-se nas artes plžsticas, por meio do processo
de absorçâo e mistura de outras culturas, na formaçâo da identidade
brasileira". Ana Maria Belluzzo diz que "a poëtica antropofžgica
expressa criticamente a perspectiva da sociedade brasileira, tirando
proveito da aproximaçâo de diferenças antropol�gicas e polìticas.
Tem na ironia seu procedimento simb�lico por excelència, subentendida
a necessidade de nos alimentarmos de outras culturas para nossa
transformaçâo cultural. Implica tambëm no procedimento bžsico de
existència de outro discurso a ser deglutido, possibilitando vantagens
de invers§es par�dicas".
|
|
|
Modernismo:
no Brasil, o Modernismo se segue Ç Semana Modernista de 1922. Segundo
Mžrio de Andrade, o Modernismo somava très princìpios: "O direito
permanente Ç pesquisa estëtica, a atualizaçâo da inteligència artìstica
brasileira e a estabilizaçâo de uma consciència criadora nacional". |
|
|
"Manifesto
Antropófago":
redigido por Oswald de Andrade, o "Manifesto antrop�fago" foi publicado
em 1924. Em 1928 foi republicado no primeiro nömero da "Revista Antropofagia".
Começa dizendo: "S� a antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente.
Filosoficamente". Desafiava o conformismo e a sabedoria convencional,
introduzidas pelos colonizadores europeus, e que paralisavam a liberdade
de pensamento e imaginaçâo. Tarsila do Amaral dizia: "Íamos Ç cata
do Brasil".o acentuado pelo Expressionismo abstrato. |
|
|
Sugest§es
de continuidade
Busque informaç§es
sobre a Pop Art americana e seus artistas de maior destaque. Esse movimento,
importante na Hist�ria da Arte do sëculo XX, influenciou toda uma geraçâo
de artistas no mundo inteiro. Faça comparaç§es entre a arte pop americana
e a arte de outras partes do mundo, com caracterìsticas semelhantes.
A proposta desses artistas, de absorver em seus processos de criaçâo
imagens oriundas das mais diversas mìdias e discutir a sociedade de
consumo contemporénea, teve uma grande repercussâo entre os artistas
brasileiros da ëpoca, que deram uma conotaçâo mais polìtica a suas obras,
influenciados pelo contexto brasileiro do perìodo. o
Procure conhecer
trabalhos de outros artistas do sëculo XX que absorveram como estìmulos
em seus processos de criaçâo elementos dos grafites urbanos, das hist�rias
em quadrinhos, da propaganda veiculada em jornais e revistas e de outras
formas de linguagem caracterìsticas do sëculo XX. Investigue que movimentos
artìsticos foram influenciados por essa cultura dita popular. o Conheça
um pouco da Hist�ria da China no passado e hoje. Procure saber como
viviam os chineses atë o final dos anos 80 e como vivem hoje. Que modelos
polìticos e econ–micos existiram na China? Qual ë o sistema polìtico
de hoje? Como essas mudanças afetaram as atitudes desse povo com relaçâo
Ç arte e Ç cultura9?
|
|
|
|
|
Glossžrio
Andy Warhol: artista norte-americano que se destacou nos anos 60,
com sua obra baseada em ícones da sociedade de consumo, como caixas
de sabão em pó, e da indústria cinematográfica
de Hollywood, como Marilyn Monroe. Um dos mais destacados artistas da Pop
Art, elevou a serigrafia à categoria de arte maior.
Cildo Meireles:
artista carioca nascido em 1948, participa da XXIV Bienal de São
Paulo com a obra "Desvio para o vermelho". Cildo é um
dos mais destacados artistas brasileiros no Brasil e no exterior. Com
seu "conceitualismo politizado", transforma especulações
estéticas e visuais em metáforas sociais a respeito do Brasil.
Mais informações no Material de Apoio "Antropofagias
da cor".
Jasper Johns:
artista norte-americano nascido em 1930, desenvolveu uma obra em torno
de símbolos impessoais, do dia-a-dia, como alvos, bandeiras, números
e alfabetos. Seus trabalhos mais antigos serviram como ponto de partida
para a Pop Art nos Estados Unidos.
Jac Leirner:
artista paulista nascida em 1958. Das mais destacadas de sua geração,
Jac realiza uma obra conceitual em torno de elementos da sociedade de
consumo, tais como sacolas, cartões de visita e cédulas.
Pop Art: nascida
na Inglaterra, desenvolveu-se nos Estados Unidos nos anos 60 como expressão
estética da sociedade de consumo e da cultura de massa. Utiliza-se
de imagens comuns recolhidas do meio urbano tais como: quadrinhos, grafites,
pôsteres e cartazes, entre outros.
|
|
Bibliografia
AMARAL, Aracy. "Artes plásticas na Semana de 22". São
Paulo: Perspectiva, 1992.
BELLUZZO, Ana Maria. Trans-posições. In: "Catálogo
da XXIV Bienal de São Paulo". São Paulo: Fundação
Bienal de São Paulo, 1998.
FREIRE, Paulo. Leitura da palavra... leitura do mundo. In: "O Correio
da Unesco", fevereiro de 1991.
HERKENHOFF, Paulo. Me coma. In: "Catálogo da XXIV Bienal de
São Paulo". São Paulo: Fundação Bienal
de São Paulo, 1998.
MORAIS, Frederico. "Panorama das artes plásticas: séculos
XIX e XX". São Paulo: Instituto Cultural Itaú, 1991.
NOVAES, Fernando. Linguagem e transformação cultural. In:
JUNQUEIRA FILHO, Luiz Carlos Uchoa (Org.). "Perturbador mundo novo".
São Paulo: Escuta, 1994.
ORTIZ, Renato. "Cultura brasileira e identidade nacional". São
Paulo: Brasiliense, 1985.
RIBEIRO, Darcy. "Os brasileiros: 1. Teoria do Brasil". Petrópolis:
Vozes, 1978.
WENDT, Albert. Os rebeldes do pacífico. In: "O correio da Unesco",
abril de 1976. |