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Leonilson: "Rios de palavras" |
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O quê?
Arte e linguagem;
O ensino da arte possibilita
a construção de um olhar atento, pessoal e crítico
sobre a produção artística, pois instiga à
investigação a partir das pistas presentes na obra e leva
à formulação de hipóteses possíveis
sobre as evidências que nela se apresentam. Segundo Genette, o contato
com a arte propicia um encontro ativo entre a intenção do
artista e a atenção do espectador. Esse encontro se constitui
num diálogo significativo.
Para que o aluno possa: |
Como?
(Quando? Onde?) O olhar silencioso Inicialmente os alunos podem ser convidados a olhar silenciosamente a obra durante alguns minutos, tentando perceber cada detalhe das formas, das nuances de cores, da composição e do movimento. Tentar uma aproximação mais íntima através do olhar, sem a preocupação com qualquer significado aparente, mas com intuito de penetrar no texto visual. O olhar curioso Instigados pelo olhar
curioso, os alunos serão estimulados a elaborar perguntas à
obra, perguntas estas que possibilitarão ir além do quadro
seguindo os índices presentes na obra. É um convite a mergulhar
na obra em busca da compreensão de seu significado. |
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A sintaxe visual As questões
de ordem formal dizem respeito aos aspectos da composição,
das cores, das linhas, da luz e do movimento, buscando compreender
aspectos da sintaxe visual do artista. |
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As interpretações As perguntas de
características interpretativas visam identificar aspectos cognitivos
e emocionais presentes no texto visual. São aquelas que possibilitam
realizar a articulação entre o que se conhece e o que
a obra nos apresenta de forma simbólica. É o momento em
que se estabelece o diálogo, a reflexão e o desvelamento
dos significados da obra. |
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As relações entre a linguagem e o corpo Propor uma pesquisa
sobre a linguagem e a sua relação com o corpo, buscando
a compreensão da linguagem como elemento que estrutura a relação
do indivíduo com a realidade. Procurar entender simultaneamente
a linguagem do ponto de vista da comunicação e da arte.
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Registros Para o fechamento
da atividade, também é possível propor o registro
por escrito dos conhecimentos construídos durante a visita à
Bienal (ou na visualização da reprodução
da obra), na discussão e nos procedimentos de pesquisa e de criação
propostos. Sugestões de continuidade A história
de vida de Leonilson fornece diversos elementos para compreensão
de sua produção, Lisette Lagnado destaca como pistas:
"a cultura nordestina (com a literatura de cordel, o artesanato,
as cores vivas, as crenças populares) e a iconografia religiosa,
ancorada nos valores morais". O artista utilizou diversas técnicas
durante sua carreira, indo da performance e da pintura ao bordado. |
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Glossžrio Beuys (Joseph Beuys, Krefeld, Alemanha, 1921 - Düsseldorf, Alemanha, 1986): artista e professor alemão. Em 1943, sobreviveu à queda de seu avião nas estepes russas graças aos cuidados do povo local, que o aqueceu com gordura animal, o mesmo material que usaria, em várias de suas esculturas, por sua forte conexão humana. Espelho: Lisette Lagnado comenta: "Quando vi esse trabalho com espelho, pensei imediatamente na imagem que devolvia, que você não pode nem apalpar, nem imobilizar. Toda vez que você consulta o espelho, sua imagem...", e Leonilson completa: "É. Já mudou". Mandala: em sânscrito, significa "círculo". Num sentido mais amplo, é um auxílio para a meditação e a concentração; no sentido mais restrito, corresponde a modelos espirituais da ordenação do mundo (cosmogramas), combinando elementos de maneiras diversas. Rio: simbolicamente, o rio é aquela água que não é estática, mas que por seu fluxo e suas inundações influencia a dinâmica e a divisão do tempo. |
Bibliografia BIEDERMANN, Hans. "Dicionário ilustrado de símbolos". São Paulo: Melhoramentos, 1993. GALVÃO, João Cândido. Leonilson na São Paulo. "Guia das artes" n. 27, ano 6, São Paulo, nov./dez. 1991. (p. 49) GENETTE, Gérard. "Esthétique et poétique". Paris: Seuil, 1992. GOLDBERG, Sônia Salzstein. As palavras e as coisas: Leonilson expõe novas pinturas e objetos em mostras simultâneas em São Paulo, Brasília e Belo Horizonte. "Guia das Artes", n. 14, ano 3, São Paulo, 1989. GUINLE, Jorge. Leonilson: a implosão da Imagem. "Módulo" n. 75, Rio de Janeiro, mar. 1993. KLINTOWITZ, Jacob. Leonilson, uma nova estrela na arte brasileira. "Jornal da Tarde". São Paulo, 1o abr. 1985. LAGNADO, Lisette. Leonilson, símbolos coloridos. "Galeria" n. 8, São Paulo, 1988. __________. "Leonilson são tantas as verdades". São Paulo: SESI, 21 nov. 1995 a 28 jan. 1996. "Leonilson". São Paulo: Galeria de Arte São Paulo, 1991. (Catálogo de exposição com texto de Casimiro Xavier de Mendonça.) "Leonilson". São Paulo: Galeria de Arte São Paulo, 1993. (Catálogo de exposição com texto de João Candido Galvão.) MORAIS, Frederico de. Leonilson: não, preciso agitar antes de usar. "O Globo". Rio de Janeiro, 3 jun. de 1983. __________. Apresentação. In: "Coleção Gilberto Chateaubriand: retrato e auto-retrato da arte brasileira". São Paulo: Museu de Arte Moderna de São Paulo, 1984. (Catálogo de exposição.) __________. Leonilson: a geração 80 ficou para trás. "Módulo" n. 84, Rio de Janeiro, mar. 1985. PONTUAL, Roberto. "Explode geração!". Rio de Janeiro: Avenir, 1985. __________. "Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand". Rio de Janeiro: JB, 1987. |